Aventuras e desventuras dos professores, formadores, contratados ou a recibos-verdes que leccionam na Escola Pública, Profissionais, Colégios, IEFP's, Casa Pia, TEIP's em cursos de UFCD's, EFA's, EFJ's, CNO's, AEC's PIEF's, ...

Aceitam-se contributos: eanossaescolinha@gmail.com



sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Mobilidade Especial na F.P? Migra cá dentro, senão emigras lá para fora!



Migra cá dentro, senão emigras lá para fora!

Acho piada quando se fala agora na mobilidade especial na Função Pública (F.P.) e o Passos Coelho diz que vão ser dados "incentivos" para tal...

Ora, aos professores, pelo menos há mais de 25 anos (isto descontando por baixo), principalmente os contratados (que também pertencem à F.P.) e que andam todos os anos ou mesmo de 4 em 4 (neste caso, os professores do quadro de pessoal do ME, incluíndo os  destacados que não tenham tido a sorte de ficar a menos de 50 kms da sua residência), já o fazem com um sorriso Pepsodent/Dentagard de sabor a azia: com a casa às costas, separados do núcleo familiar.  Quais são as suas ajudas de custas? As únicas ajudas que têm são: o ordenadinho e o tempinho de serviço...

Quais ajudas de custas, qual quê?  Queres pão para a boca? Apanha o autocarro e migra cá dentro, senão emigras lá para fora! Chegas à nova localidade, apresentaste ao serviço na nova escola e toca arranjar um quarto ou divide o renda de uma casa com outros migrantes docentes que foram parar à mesma escolinha do desterro... E de 15 em 15, semanalmente, com sorte, voltas a casa e vês o teu miúdo com mais 15 cm de altura... 




Subsídios de deslocação e de alojamento são miragem para a classe profissional de etnia cigana dos docentes (isto não querendo ofender os ciganos)... 

Mas há quem se safe, o mau é sempre para os outros, mas para mim, está quieto! Quero todas as regalias inerentes ao cargo! É o caso dos coitadinhos infra mencionados: 

Governantes acumulam casa e subsídio


11 de Outubro, 2011
por Susete Francisco
Dois membros do Governo vão receber um subsídio de alojamento de 1150 euros mensais, isto apesar de serem proprietários de uma casa na região da grande Lisboa.

e acordo com um despacho publicado em Diário da República, dois ministros e sete secretários de Estado terão direito a este apoio do Estado, por terem residência permanente a mais de 100 quilómetros da capital. Miguel Macedo, ministro da Administração Interna, e José Cesário, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, são dois dos nomes abrangidos. Mas têm uma particularidade. De acordo com a declaração de rendimentos entregue no Tribunal Constitucional, ambos têm casa própria em Lisboa.

Estes casos não merecem ressalva na lei – um decreto de 1980, assinado pelo então primeiro-ministro, Francisco Sá Carneiro, e pelo ministro das Finanças, Cavaco Silva.
O documento estabelece que aos membros do Governo que «não tenham residência permanente na cidade de Lisboa ou numa área circundante de 100 quilómetros poderá ser concedida habitação por conta do Estado ou atribuído um subsídio de alojamento». E justifica este apoio em função dos encargos com a fixação em Lisboa. Encargos esses que, diz a lei, são agravados pela «rarefacção de habitações passíveis de arrendamento» na cidade.
Apesar de ter mais de 30 anos, a lei nunca foi alterada e tem sido usada pelos sucessivos governos para atribuição de subsídios de alojamento aos governantes com residência permanente fora do perímetro da capital.
No anterior Executivo, este apoio foi atribuído a 13 titulares de pastas governamentais, sendo que entre estes também havia três secretários de Estado com casa própria em Lisboa.
Uma situação que já foi apreciada pelo conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República que – citando a lei que refere apenas a residência de origem – conclui que a propriedade de uma casa em Lisboa não impede a atribuição do subsídio.
Contactado pelo SOL, o gabinete de Miguel Macedo remeteu precisamente para este parecer da Procuradoria, sublinhando que o subsídio é atribuído em função da residência permanente – que no caso do ministro da Administração Interna é no Porto.
O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, diz que o subsídio está «contemplado e justificado»: «Não é só de alojamento. O que está em causa é uma compensação pelas despesas que têm a ver com a deslocação para Lisboa».
O subsídio de alojamento foi também atribuído ao ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, a Juvenal Peneda (adjunto do ministro da Administração Interna), aos secretários de Estado Paulo Simões Júlio, Cecília Meireles, Daniel Campelo e Marco António Costa e à subsecretária de Estado adjunta Vânia Barros.

Bom Carnaval e uma santa pausa lectiva da componente individual!

Sem comentários: