A/C da Bancada Parlamentar do Bloco de Esquerda
Ex.mos Senhores Deputados,
O meu nome é XXXXX e sou professora contratada de XXXXX do Ensino Básico e Secundário com mais de dez anos de serviço.
Foi com muita apreensão que tomei conhecimento do Projecto de Despacho que pretende estabelecer as regras e princípios orientadores a observar, em cada ano lectivo, na organização das escolas e na elaboração do horário semanal de trabalho do pessoal docente.
Muitas são as razões de preocupação para os professores deste país, e em particular para os professores contratados, que vêm o número de horários reduzir abruptamente de um ano para outro. O desemprego e a precariedade são certas para maioria de nós.
O que me leva a escrever-vos, no entanto, é a estupefacção que sinto quando, num projecto de despacho orientador da organização do horário semanal do pessoal docente, é completamente desvalorizada a componente individual de trabalho dos professores. Aquela que está reservada para preparar aulas, novos materiais e corrigir trabalhos e testes.
Até agora, de acordo com o Despacho n.º 11120-B/2010 a componente reservada ao trabalho individual para os professores do ensino básico e secundário era de dez horas para os docentes com menos de 100 alunos e onze horas para os docentes com 100 ou mais alunos. O novo projecto de despacho diz apenas que é o director da escola que decide qual o número de horas para a componente individual de trabalho de cada professor. O número de horas de trabalho individual passou a ser arbitrário. Dito de outra forma, caso a direcção decida, um professor pode ver o seu horário lectivo de 22 horas preenchido até às 35 horas com actividades de substituição, apoios, projectos, etc...
Este é um assunto particularmente caro aos professores. Especialmente para aqueles que preparam as aulas, que gostam de adequar os materiais ao tipo de alunos que têm e que diversificam a avaliação. Tirar-nos essa componente é esvaziar a nossa profissão. Mais ainda.
Eu sou só uma professora e não sei quais os trâmites por que passa um decreto até ser publicado. Mas é com alguma esperança que a vós me dirijo. Até porque não esqueço que foi o Bloco o primeiro partido da AR a dar voz aos professores numa altura em que a palavra de ordem não nos era de todo favorável. Bem hajam por isso.
Com consideração, XXXXX
Ex.mos Senhores Deputados,
O meu nome é XXXXX e sou professora contratada de XXXXX do Ensino Básico e Secundário com mais de dez anos de serviço.
Foi com muita apreensão que tomei conhecimento do Projecto de Despacho que pretende estabelecer as regras e princípios orientadores a observar, em cada ano lectivo, na organização das escolas e na elaboração do horário semanal de trabalho do pessoal docente.
Muitas são as razões de preocupação para os professores deste país, e em particular para os professores contratados, que vêm o número de horários reduzir abruptamente de um ano para outro. O desemprego e a precariedade são certas para maioria de nós.
O que me leva a escrever-vos, no entanto, é a estupefacção que sinto quando, num projecto de despacho orientador da organização do horário semanal do pessoal docente, é completamente desvalorizada a componente individual de trabalho dos professores. Aquela que está reservada para preparar aulas, novos materiais e corrigir trabalhos e testes.
Até agora, de acordo com o Despacho n.º 11120-B/2010 a componente reservada ao trabalho individual para os professores do ensino básico e secundário era de dez horas para os docentes com menos de 100 alunos e onze horas para os docentes com 100 ou mais alunos. O novo projecto de despacho diz apenas que é o director da escola que decide qual o número de horas para a componente individual de trabalho de cada professor. O número de horas de trabalho individual passou a ser arbitrário. Dito de outra forma, caso a direcção decida, um professor pode ver o seu horário lectivo de 22 horas preenchido até às 35 horas com actividades de substituição, apoios, projectos, etc...
Este é um assunto particularmente caro aos professores. Especialmente para aqueles que preparam as aulas, que gostam de adequar os materiais ao tipo de alunos que têm e que diversificam a avaliação. Tirar-nos essa componente é esvaziar a nossa profissão. Mais ainda.
Eu sou só uma professora e não sei quais os trâmites por que passa um decreto até ser publicado. Mas é com alguma esperança que a vós me dirijo. Até porque não esqueço que foi o Bloco o primeiro partido da AR a dar voz aos professores numa altura em que a palavra de ordem não nos era de todo favorável. Bem hajam por isso.
Com consideração, XXXXX
1 comentário:
Absolutamente de acordo!
Só quero acrescentar mais uma 'coisinha':
A arbitrariedade já está instalada nas escolas. Em todos os domínios... O governo, o ministério, o presidente, as bancadas socialista (que, de socialista, só tem o nome) e social-democrata legitimaram esta justiça que é cega apenas de um olho!
Triste maneira de entrar num ano novo!
Mas, já que a nível profissional sabemos que o que nos espera é o descalabro total, vamos fazer com que a vida pessoal seja o melhor possível e por isso...
"Desejo a você...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Aprender uma nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel...
E muito carinho meu.
Carlos Drummond de Andrade e eu :)
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