Aventuras e desventuras dos professores, formadores, contratados ou a recibos-verdes que leccionam na Escola Pública, Profissionais, Colégios, IEFP's, Casa Pia, TEIP's em cursos de UFCD's, EFA's, EFJ's, CNO's, AEC's PIEF's, ...

Aceitam-se contributos: eanossaescolinha@gmail.com



quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

SOBRE A CORAGEM NA POLÍTICA

Quando escrevi o post Dúvidas Existenciais, questionava-me como é que, com horários lectivos de 22 horas e considerando uma componente não lectiva individual de 10 a 11 horas, seria possível manter projectos, apoios, aulas de substituições, avaliação de colegas, etc.

Agora, o Projecto de Despacho para a organização do tempo lectivo 2011-2012, disponibilizado pelo colega Paulo Guinote no seu blog, vem esclarecer a questão. E a solução esteve sempre ali: bora reduzir a componente não lectiva individual!

Não que o Despacho tenha a frontalidade de o assumir, mas, ao por nas mão dos directores das escolas o número de horas a disponibilizar para essa componente, e não abrindo o ME mão das suas bandeiras, a única forma das escolas manterem as actividades extra lectivas é reduzir o tempo dos professores para preparar aulas, materais e avaliações dos alunos.

E o que mais me choca no meio disto tudo é de facto a desonestidade intelectual de quem nos governa: não há dinheiro? Querem carregar os horários lectivos todos até às 22h? Sigam lá com isso - mas não à custa do trabalho de preparação dos professores. Que seja à custas das tretas que, como as aulas de substituição, pouca falta fazem ao país...mas para isso parece que não há coragem. Preferem cortar nas preparações das aulas, que sempre é coisa que tem menos visibilidade imediata...


Sem comentários: