Estou farto das galinhas... Estou farto da covardia encoberta do "parece bem" e do "socialmente/profissionalmente correcto", exemplo de pseudo-heroismo:
- Eu faço e aconteço;
- Vou fazer um requerimento à direcção;
- A minha irmã/marido (advogados invisíveis) resolve;
- Fazemos queixa à IGE e ao ACT;
- Avançamos em Tribunal do Trabalho.
Depois vem o acagaçamento cómodo, covarde de rabo preso:
- Agora comigo está tudo bem, nem tenho razões de queixa- aplica-se o ditado:«Enquanto o pau vai e vem, folgam as costas» ou «Com o mal dos outros posso eu»
- Uma inspecção? Leva a escola à falência - «Esta megda vai ao fundo!»
- Mal, eu? Até me deram férias em tempo de aulas;
- Não tenho 100 euros para por um processo e o director até me deixou acumular - caso típico de rabo preso;
- Não tenho habilitações suficientes e ainda posso ser despedido... - outro tipo de rabo preso;
- Estou na crista da onda - estou à espera da reforma, deixa-me estar;
- Vou esperar! (mexam-se vocês primeiro, depois de duas uma: se ganharem, também como uma fatia do bolo; se perderem - nunca fiz parte dessa ignóbil conspiração!);
- Nunca foi uma queixa, mas um pedido de esclarecimento.
O que tristemente se verifica é que as pessoas movem-se por questões pessoais - a ética profissional, questões laborais e as questões pedagógicas só servem apenas de desculpa à conveniência individual, nomeadamente quando o pau lhes bate nas costas - então é que dizem: «Ai, Jesus!» Logo de imediato pedem consolo aos seus pares, à espera de ajuda. Quando menos esperarem, ficam sozinhos.
Na minha perspectiva, em questões laborais, em que há manifesta má fé por parte dos orgãos directivos, não há espaço para a Suiça - ou se pertence ao Eixo ou aos Aliados!
Enfim, resta-me apenas o silêncio, a reserva de intenções, pois o segredo é alma do negócio - só pode haver um BLITZ, se as estratégias forem reservadas apenas aos que avançam para BINGO!