Pense o comum dos mortais que o Banco de Horas se aplica apenas à indústria... Este Banco de Horas pode muito bem ser aplicado no ensino. Aliás, não é novidade no sistema educativo, nomeadamente a nível do ensino privado e cooperativo....
Fig. 1. O Patronato e o seu banco de horas
Na minha antiga escolinha privada, no âmbito do ensino profissional, queria instaurar-se à força esse banco de horas não remunerados, para quê? Para não só a entidade salvaguardar o não pagamento de horas complementares, a cima das 22 horas lectivas semanais, e extraordinárias, a cima das 25 horas - cheguei a ter 28 horas semanais... Obviamente que toda e qualquer pedagogia e preparação de aulas não interessavam para nada... Por sua vez, camuflar-se-iam as horas de substituição (em que cada docente leccionava efectivamente a sua própria aula, quando um colega faltava). Além disso, tudo era justificado por uma ridícula média anual de aulas leccionadas por cada docente...
Sinceramente não me apetece mais escalpelizar o tema, pois já o fiz anteriromente (em várias frentes de combate) e o passado já lá vai... Faz-me lembrar uma série dos anos 80, Reviver o passado em Brideshead:
Porém nunca nos devemos ESQUECER! Há quem o faça, mas eu não, talvez por mau feitio ou por ter sofrido mais na "pele" o regime estalinista instaurado por um Sr. Director, ex-sindicalista fabril (por incrível que pareça!).
Agora, felizmente os tempos são outros... mas não vá o diabo tecê-las, é preciso ter muito cuidadinho com as implicações de uma tal medida no ensino público: acabar-se-iam as contratações de professores e os que pertencem ao mapa de pessoal do MEC seriam espremidos até à ultima gota de sumo laranja...
Infelizmente, cheira-me a um déjà vu que me dá calafrios! Bate na Madeira!
Infelizmente, cheira-me a um déjà vu que me dá calafrios! Bate na Madeira!
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