Aventuras e desventuras dos professores, formadores, contratados ou a recibos-verdes que leccionam na Escola Pública, Profissionais, Colégios, IEFP's, Casa Pia, TEIP's em cursos de UFCD's, EFA's, EFJ's, CNO's, AEC's PIEF's, ...

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segunda-feira, 27 de junho de 2011

PERDER A INOCÊNCIA

Perder a inocência é ficar a saber que se passou toda uma turma do 2º ciclo com o principal argumento de "para o ano não temos de os aturar".

lkk

1 comentário:

Anónimo disse...

Perder a inocência também é:
“Obrigar” os colegas a passarem alunos ao abrigo de determinados artigos.

Deixar as “maças podres” a estagiarem na própria escola para não as mostrar à sociedade.

Ser obrigado a passar alunos porque os financiamentos das escolas profissionais assim o ditam, ou então depois para o ano não têm trabalho.

Esquecermo-nos os que somos professores e passarmos a gestores de distribuição/logistica: Não interessa como mas os produtos têm todos de sair para a cadeia de distribuição.

É pena que todos os que sistematicamente criticam o papel dos professores nas escolas não saibam como as mesmas funcionam, ou que pelo menos não se esforcem para conhecer o mecanismo onde os seus filhos estão integrados.

É pena ouvir e ver uma aluna afirmar que se um professor não tem ”mão” numa turma que não vá para professor (declarações sobre um professor que agrediu 2 alunos e uma funcionária). O que esta aluna não sabe, porque provavelmente ninguém a informou, é que os professores não são pagos para controlarem sistematicamente alunos, mas sim para qualificarem alunos. O estado a que a educação chegou levou a que as prioridades infelizmente mudassem porque os pais não fazem o seu papel e porque os antigos ME “educaram” aos alunos e pais que basta inscreverem-se numa escola para terem sucesso.

Faltam? Não há problema porque os professores depois fazem planos de recuperação.

Chumbam aos testes? Não há problema porque os professores depois repetem esses testes.
São mal-educados? Não há problema porque dificilmente têm participação disciplinar, porque há escolas cujas maiores preocupações são a sua própria avaliação, ou seja, as quotas.

Chumbam o ano? Não se preocupem porque depois há sempre um artigo que permite o aluno passar, independentemente das negativas que possuem.

Querem desistir da escola? Não há necessidade de preocupação, porque também há sempre mais um programa escolar cuja duração do ciclo de estudos é cada vez mais pequena (por exemplo: em apenas 1 ano obter o que outros o fazem em 3 anos) e cujo trabalho a realizar é quase inexistente (é lindo quando os formandos de cursos EFA – Nível secundário enchem o peito logo no inicio do curso a informar os formadores que não podem realizar testes de avaliação, nem marcar trabalhos para realizarem em casa).

Eu já não sei se será perder a inocência ou a paciência?