Aventuras e desventuras dos professores, formadores, contratados ou a recibos-verdes que leccionam na Escola Pública, Profissionais, Colégios, IEFP's, Casa Pia, TEIP's em cursos de UFCD's, EFA's, EFJ's, CNO's, AEC's PIEF's, ...

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domingo, 22 de maio de 2011

O BOM DO PERÍODO PRÉ-ELEITORAL...

O bom do período pré-eleitoral é que se começa a falar de coisas que sempre estiveram à vista de todos mas de que ninguém parecia ter interesse em por em causa...


A investigação do Ministério Público por fraude no âmbito do programa Novas Oportunidades começou há cerca de um ano e continua a decorrer, confirmou fonte oficial da Procuradoria-Geral da República (PGR): "Existe um inquérito pendente, que está em segredo de Justiça." Em causa, apurou o i, está a venda e a compra através da internet de portefólios fraudulentos que dão acesso aos diferentes graus de ensino no âmbito do programa Novas Oportunidades."

Bem investigado, e percebem que os portfólios fraudulentos não se resumem aos que se compram na internet. O que não faltam são portfólios feitos por filhos e amigos de formandos. O que não falta é gente a quem foi oferecido de bandeja o 6º, 9º ou 12º. 

Os seguidores do Sócrates e MLR gostam de argumentar que são os privilegiados quem mais se insurge contra as NO, que não é justo que quem não tenha tido acesso a uma vida cómoda e a uma família que apostou nos seus estudos não tenha também oportunidade de evoluir na habilitação académica. Pois eu acho que o argumento é de uma desonestidade intelectual sem limites. Porque se calhar quem mais se insurge com percursos académicos facilitistas é exactamente quem penou para ter as habilitações que tem. É exactamente quem sabe o que lhe custou abdicar de distracções e actividades que lhe davam prazer para ter notas para entrar na universidade. Quem sabe os sacrifícios que os pais fizeram para lhe pagar 5 anos numa cidade distante para ter um curso universitário. Quem sabe o que é abdicar de parte do ordenado, trabalhando a tempo parcial, para poder ir mais além nos estudos. Quem sabe os sacrifícios financeiros e pessoais que uma família faz quando um dos elementos precisa de completar os estudos (estudos a sério, não uma brincadeira de portfólios e trabalhecos...).

Agora, quando os estudos foram feitos sem brio e de foma facilitada, como parece ter sido o caso do nosso PM, acredito que saber que a outros andam oferecer canudos não chocará demasiadamente. Podia evitar era chamar privilegiado a quem deu o duro para ter as habilitações que tem.

Privilegiado é quem vive à custa do aparelho partidário.

Uma rotunda derrota. Uma rotunda derrota é o que lhe desejo.

jjh

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