Aventuras e desventuras dos professores, formadores, contratados ou a recibos-verdes que leccionam na Escola Pública, Profissionais, Colégios, IEFP's, Casa Pia, TEIP's em cursos de UFCD's, EFA's, EFJ's, CNO's, AEC's PIEF's, ...

Aceitam-se contributos: eanossaescolinha@gmail.com



quinta-feira, 3 de março de 2011

Na esteira desta VÃ Avaliação de Desempenho, mesmo assim "atascados"...


A CONSTANTE INCONSTÂNCIA DA ÉTICA DOCENTE

Sinceramente não consigo compreender a razão pela qual centenas de colegas contratados e do quadro (se é que isso ainda existe) insistem em compactuar com este tipo de avaliação de desempenho que sempre discordaram, que desdenharam, que se manifestaram contra e que continuam a achar ridícula e alvo de chacota?

Os contratados dirão:"Daqui dois anos teremos mais um valor nos concursos!"

A verdade é que nem isso é garantido - tudo depende das quotas de que cada escola possui, para que os seus professores progridam (dependendo visceralmente da avaliação feita pelo ME às escolas pela taxa de sucesso e pelo número de alunos inscritos). Além do mais, os professores efectivos terão sempre prioridade, pois estes últimos, quer se queira, quer não, são os elementos normalmente "fixos" de cada escola, a mão de obra que com que cada CD conta todos os anos; os contratados não passam de carne para canhão... Por isso, prevê-se que muita dessa avaliação será um fiasco, pois os respectivos docentes contratados que foram atrás dessa mesma miragem, provavelmente continuarão "atascados"...

se por questões economicistas, por ordens ministeriais, os professores efectivos sofram um entrave, um MEGA-CONGELAMENTO, para não subirem na carreira, pois são mais caros ao sistema, menos pro-activos e, por sua vez, se contratem mais contratados, mais baratos e serviçais, menos experientes, interessando ao ME apenas ter o serviço feito e a estatística favorável ao governo vigente.

Em relação aos professores efectivos, esses realizam a avaliação de desempenho que não acreditam para subirem na carreira, "O dinheirinho faz falta a todos", mas ao subirem é-lhes taxada essa mesma subida e PIMBA, pouco ou nada lhes compensou o esforço!

Outro fenómeno interessante que está a ocorrer é a corrida desenfreada à formação para se somarem os créditos suficientes para a progressão, mesmo que essa seja paga...
Muitos disseram: "Era o que faltava, pagar para progredir! O ME tem que garantir a nossa formação gratuitamente!" Mas vai-se a ver: as acções de formação que dão mais créditos são as mais caras e de forma velada, quase envergonhada, esses docentes lá as vão fazendo!!!

Há depois colegas que dizem: "Compreendo..." Eu sinceramente, NÃO! Desilude-me essa constante inconstância de valores que flutuam à deriva, camuflados nos interesses pessoais e não no bem comum de uma profissão cada vez mais mal tratada...

Depois, culpa-se hipocritamente os sindicatos de colaborarem com o sistema, de assinarem acordos com os governos, quando os próprios individualmente o fazem!!!!

Na minha modesta opinião, não basta acenar bandeiras e gritar palavras de ordem em manifestações! Importa agir, lançar gravilha no maquinismo! Muita gravilha certamente fá-lo-à encravar!

A minha proposta: GREVE DE ZELO ÀS AVALIAÇÕES DE DESEMPENHO: PELOS CD'S (que ainda, por enquanto, são constituídos, na sua maioria, por professores), PELOS PROFESSORES RELATORES, PELOS PROFESSORES EM VIA DE SEREM AVALIADOS E OS QUE AINDA NÃO QUISERAM SER SUBMETIDOS A ESSA MESMA AVALIAÇÃO!!!

AINDA ESTAMOS A TEMPO... EM SERMOS UNIDOS!
HÁ QUE DAR A CARA E O CORPO AO MANIFESTO!

Luís Sá Fernandes, professor contratado.



2 comentários:

Anónimo disse...

SE TIVESSE ALGUM LIVRO DA ALÇADA QUEIMAVA-O.

Anónimo disse...

VENTURA UM ILUMINADO DAS TREVAS