Ninguém esperava uma navalha numa escola segura
Segundo o director: “Isto era imprevisível, estamos num meio rural! Temos cartão electrónico, mas não revistamos os alunos”, insistiu.
Eu sou das que acha que a escola faz parte do mundo real: se houver alguém que quer transgredir, transgride. Por muito cartão electrónico e videovigilância que haja.
Se alguém quiser sair, sai. Ainda me lembro do país em choque porque o menino Leandro saiu da escola em tempo lectivo. Como é que o porteiro (que depois se veio a saber que era moço de recados e telefonista ao mesmo tempo) permitiu que a criança saísse...conheço uma escola dita segura, com o famoso cartão electrónico, onde uma menina problemática saía com regularidade...de gatas entre os colegas que atravessavam o portão...(podia ter-se lembrado de saltar a vedação - ia dar ao mesmo).
Podem por videovigilância na escola toda, que os próprios miúdos combinam hora e local para lutar ("eh pessoal, hoje às 13.30, fight lá fora", avisava um aluno meu aos colegas depois de educadamente me perguntar se podia dar um recado à turma).
Podem por detector de metais, que quem quiser leva bastões de basebol de madeira.
Podem tentar convencer paizinhos e ministério que vivem num mundo cor-de-rosa, fazer relatórios omissos, falar em escola segura, inventar cartões electrónicos, instalar videovigilância (enquanto diminuem o número de auxiliares - na notícia em questão é uma colega que quer levar o agressor à direcção) mas nunca conseguirão controlar todas as variáveis de um local repleto de pessoas (como é uma escola). E isso será tanto mais difícil quanto maiores as escolas forem (que é a tendência actual da política educativa) e quanto mais se defender que a escola é para todos independentemente da sua prestação e comportamento.
It's the real life, stupid!
Segundo o director: “Isto era imprevisível, estamos num meio rural! Temos cartão electrónico, mas não revistamos os alunos”, insistiu.
Eu sou das que acha que a escola faz parte do mundo real: se houver alguém que quer transgredir, transgride. Por muito cartão electrónico e videovigilância que haja.
Se alguém quiser sair, sai. Ainda me lembro do país em choque porque o menino Leandro saiu da escola em tempo lectivo. Como é que o porteiro (que depois se veio a saber que era moço de recados e telefonista ao mesmo tempo) permitiu que a criança saísse...conheço uma escola dita segura, com o famoso cartão electrónico, onde uma menina problemática saía com regularidade...de gatas entre os colegas que atravessavam o portão...(podia ter-se lembrado de saltar a vedação - ia dar ao mesmo).
Podem por videovigilância na escola toda, que os próprios miúdos combinam hora e local para lutar ("eh pessoal, hoje às 13.30, fight lá fora", avisava um aluno meu aos colegas depois de educadamente me perguntar se podia dar um recado à turma).
Podem por detector de metais, que quem quiser leva bastões de basebol de madeira.
Podem tentar convencer paizinhos e ministério que vivem num mundo cor-de-rosa, fazer relatórios omissos, falar em escola segura, inventar cartões electrónicos, instalar videovigilância (enquanto diminuem o número de auxiliares - na notícia em questão é uma colega que quer levar o agressor à direcção) mas nunca conseguirão controlar todas as variáveis de um local repleto de pessoas (como é uma escola). E isso será tanto mais difícil quanto maiores as escolas forem (que é a tendência actual da política educativa) e quanto mais se defender que a escola é para todos independentemente da sua prestação e comportamento.
It's the real life, stupid!
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