Críticas levam director pedagógico da Escola Profissional de Torres Novas a demitir-se.
Paulo Renato apresentou a demissão na sequência das críticas e observações feitas ao salário que aufere, considerado demasiado elevado por alguns dirigentes da associação que gere a escola.
Uma posição que Paulo Renato assumiu na sequência do mal-estar interno causado por uma notícia de O MIRANTE, publicada a 4 de Julho, onde alguns dirigentes da Associação Torrejana de Ensino Profissional (ATEP) questionaram o valor do salário auferido pelo director, considerado demasiado elevado.
Manuela Pinheiro não quis alongar-se em comentários sobre a matéria, até porque o director pedagógico, que considera ter tido um bom desempenho, continua em funções até expirar a requisição ao Ministério da Educação. O que deve suceder no final do próximo mês. Paulo Renato é professor do ensino secundário numa escola da cidade.
Pelas mesmas razões, Manuela Pinheiro diz que ainda é cedo para se falar na nomeação de um novo director pedagógico, situação que no entanto ficará seguramente resolvida até ao início do próximo ano lectivo.
Contactado sexta-feira por O MIRANTE, Paulo Renato não quis prestar declarações sobre o assunto. Mas ao Jornal Torrejano assumiu que na base da sua decisão estiveram “motivos pessoais e a quebra de solidariedade institucional”. Ao que o nosso jornal apurou, a demissão de Paulo Renato prende-se com o conteúdo de uma notícia publicada na edição de 4 de Julho do nosso jornal onde elementos que integram a associação proprietária da EPTN colocaram em causa o salário do director pedagógico. Em causa está um vencimento mensal de cerca de 3 mil euros, que o professor chegou a acumular com mais mil euros cobrados pelas aulas que dava.
Situação que entretanto se deixou de verificar.
A voz mais crítica relativamente ao vencimento de Paulo Renato foi a do presidente da associação empresarial Nersant (entidade que integra a direcção da escola), considerando esse valor “uma afronta”. José Eduardo Carvalho, que lidera o conselho fiscal da ATEP em representação da Nersant, afirmou mesmo que “não há justificação para este vencimento”, que classificou de “insultuoso”.
O presidente da Associação Empresarial da Região de Santarém diz só ter tido conhecimento do caso há cerca de quatro meses, mas a situação já vem desde o ano lectivo 2002/2003, altura em que Paulo Renato foi nomeado director pedagógico da escola pelo então presidente da ATEP Hélder Duque, o socialista que actualmente lidera a Junta de Freguesia de Lapas.
“Neste momento a posição da direcção da ATEP é unânime em considerar que o vencimento do director pedagógico está acima do razoável”, referiu no artigo publicado a 4 de Julho Maria José Chaves, representante da Nersant na Escola Profissional de Torres Novas. A direcção da ATEP, que gere a escola, é constituída pela Nersant, Câmara de Torres Novas e ACIS – Associação de Comércio, Indústria e Serviços do concelho.
Notícia em http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=297&id=36177&idSeccao=4229&Action=noticia
PS - ESTA, INFELIZMENTE, NÃO É A NOSSA ESCOLINHA
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