Sinceramente, já começo a ficar farto de falar mal do Sócrates, dá-me azia, eu que, ainda por cima, sofro de refluxo... Centremo-nos, agora, neste blogue, sobre questões de educação!
Neste último mês, apercebi-me que a "dopagem" dos alunos com substâncias antidepressivas no meio escolar é monstruosa...
O rei desses fármacos é a Ritalina (parece ser uma fusão da prima Rita com a tia Lina)! Tal como o champô, é três em um: pronta para combater o deficit de atenção (provavelmente por parte dos pais), depressão (de não lhes apetecer estudar) e a famosa hiperactividade (que não passa muitas das vezes de malcriação).
O certo é que na minha escolinha, nas turmas do primeiro ciclo, já há muitos alunos "dopados" em sala de aula - é assustador!!! O que é que um puto entre os seis anos e nove/dez anos precisa de um anti-depressivo? Estamos a criar/educar crianças "zombies"?
Parece que esta moda que entrou em Portugal, a partir de 2004, infelizmente, está a acentuar-se!
No entanto, neste momento, nos EUA já há uma corrente anti-ritalina, inclusive na classe médica, muitos desses alunos já se encontram na fase do "desmame", visto que os pedo-psiquiatras chegaram à simples conclusão que alunos "zombies" não evoluem... e que muito desses problemas são derivados pela falta de atenção familiar, provocando desordens emocionais que se reflectem no vida escolar (lá estou eu armado em professor-psicólogo).
Eu próprio já contactei com vários desses "zombies". Numa das minhas turmas: uma rapariga (que até é uma aluna razoável) toma dosagens fora do comum desse fármaco: está inchada como um peixe-balão e olha para o quadro negro como se fosse a linha do horizonte; o outro aluno o qual já teve um processo disciplinar (foi suspenso durante cinco dias), depois de ter destruído uma porta de sala de aula, após a sua expulsão pelo seu docente de Português - confesso, fui eu esse professor), neste momento também fixa o mesmo quadro numa sonolência melancólica e quando me aproximo da sua carteira para lhe tirar dúvidas, este olha para mim pestanejando, apenas a sua pálpebra esquerda! Parece o Herr Flick da Série Allô, Allô...
Eu até poderia estar feliz, pois está manso como um cordeiro, mas não, faz-me impressão um aluno assim, amputado das suas faculdades físicas e psicológicas... Não há risco de me bater, isso é seguro (ou será?), mas certamente é incapaz de aprender de forma minimamente produtiva e saudável...
O certo é que aos pais isso também lhes facilita a vidinha - podem descansar -, porque lidar com este tipo de crianças 24 horas por dia (isto nos fins de semana) não é fácil... Mas será justo criar/educar filhos/alunos catatónicos?
E eu a pensar que apenas os seus professores viviam sob os efeitos de calmantes... E esta, hein? (termino à moda de Fernando Pessa)
PS (mas não o do Sócrates) - imaginem um escola pública catatónica, com professores, funcionários e alunos "Zombies", dava um bom filme de terror, não?
Neste último mês, apercebi-me que a "dopagem" dos alunos com substâncias antidepressivas no meio escolar é monstruosa...
O rei desses fármacos é a Ritalina (parece ser uma fusão da prima Rita com a tia Lina)! Tal como o champô, é três em um: pronta para combater o deficit de atenção (provavelmente por parte dos pais), depressão (de não lhes apetecer estudar) e a famosa hiperactividade (que não passa muitas das vezes de malcriação).
O certo é que na minha escolinha, nas turmas do primeiro ciclo, já há muitos alunos "dopados" em sala de aula - é assustador!!! O que é que um puto entre os seis anos e nove/dez anos precisa de um anti-depressivo? Estamos a criar/educar crianças "zombies"?
Parece que esta moda que entrou em Portugal, a partir de 2004, infelizmente, está a acentuar-se!
No entanto, neste momento, nos EUA já há uma corrente anti-ritalina, inclusive na classe médica, muitos desses alunos já se encontram na fase do "desmame", visto que os pedo-psiquiatras chegaram à simples conclusão que alunos "zombies" não evoluem... e que muito desses problemas são derivados pela falta de atenção familiar, provocando desordens emocionais que se reflectem no vida escolar (lá estou eu armado em professor-psicólogo).
Eu próprio já contactei com vários desses "zombies". Numa das minhas turmas: uma rapariga (que até é uma aluna razoável) toma dosagens fora do comum desse fármaco: está inchada como um peixe-balão e olha para o quadro negro como se fosse a linha do horizonte; o outro aluno o qual já teve um processo disciplinar (foi suspenso durante cinco dias), depois de ter destruído uma porta de sala de aula, após a sua expulsão pelo seu docente de Português - confesso, fui eu esse professor), neste momento também fixa o mesmo quadro numa sonolência melancólica e quando me aproximo da sua carteira para lhe tirar dúvidas, este olha para mim pestanejando, apenas a sua pálpebra esquerda! Parece o Herr Flick da Série Allô, Allô...
Eu até poderia estar feliz, pois está manso como um cordeiro, mas não, faz-me impressão um aluno assim, amputado das suas faculdades físicas e psicológicas... Não há risco de me bater, isso é seguro (ou será?), mas certamente é incapaz de aprender de forma minimamente produtiva e saudável...
O certo é que aos pais isso também lhes facilita a vidinha - podem descansar -, porque lidar com este tipo de crianças 24 horas por dia (isto nos fins de semana) não é fácil... Mas será justo criar/educar filhos/alunos catatónicos?
E eu a pensar que apenas os seus professores viviam sob os efeitos de calmantes... E esta, hein? (termino à moda de Fernando Pessa)
PS (mas não o do Sócrates) - imaginem um escola pública catatónica, com professores, funcionários e alunos "Zombies", dava um bom filme de terror, não?
5 comentários:
Bom texto camarada. Mas olha que se um aluno destruisse uma porta da minha sala de aula, eu preferia mesmo que lhe dessem qualquer coisa para acalmar...
"Ritalina" nome comercial, até poderia ser "concerta" ou outros, não são calmantes nem antidepressivos, pelo contrário, são exactamente psicoestimulantes.
O que significa que se o aluno acalma é porque precisa. Se fôr só má educação, o aluno não acalma, porque não precisa, mas pelo contrário entra em hiperactividade!
Estes alunos revelam comportamentos impulsivos e são desconcentrados, porque a respostas nas sinapses é lenta e precisa de ser estimulada.
Ana Leal
Com cinco letrinhas apenas se escreve: DROGA
a Ana Leal deve saber do que fala....eu também pois lido com seis ( 6 ) alunos destes...!!!!
estão drogados! Dopados! não são pessoas no seu todo ( crianças e jovens adolescentes ), são simulacros!!
Uma vergonha!! Uma vergonha andarmos a drogar jovens só por que não se "encaixam" na formatação do nosso ensino! Ando a denunciar isto há já dois anos mas todos olham para mim como seu EU é que fosse o alucinado, o zombie, o esquisito!
Sim, preferia que partissem uma porta todos os dias, para que pudessem sair e dar umas voltas, correr e sentirem o vento na cara, sentirem-se cansados de jogar ou outra coisa qualquer....mas não, têm que estar sentados mais de seis horas por dia atrás de gatafunhos, palavras, números, conceitos e tal...que não lhes entram "por nada" pois não têm condições sócio/afectivas para tal.
Uma vergonha total!
Por outras palavras, "Ritalina" é uma anfetamina. Por outras palavras, sim é "droga", no entanto, não aconselho ninguém que não seja hiperactivo a tomá-la, pois dará o efeito inverso.
Digo mais, já há casos de "pais" que já descobriram tal efeito, e os comprimidos desaparecem da caixa dos filhos de forma misteriosa.
Um dos efeitos secundários dos alunos que tomam psicoestimulantes é a falta de apetite.
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